LIBERAÇÃO DA VACINA

Mauro pede liberação da vacina Sputnik para ministro da saúde e propõe compensação

Na tentativa de resolver a questão da vacina e com dinheiro em caixa para sua aquisição, o governador Mauro Mendes (DEM) teve uma reunião, ontem com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pedindo a  liberação das doses da Sputnik para imunizar a população de Mato Grosso, já que o estado temr ecebido poucas doses de cada vez do governo federal.

O problema é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não liberou ainda a vacina russa. Em um vídeo, divulgado por  Mauro, ele  explicou que o governo federal quer pagar e ficar com os imunizantes para o Plano Nacional de Imunização (PNI). Por esse motivo, o gestor propôs um regime de compensação.

“Eu tenho defendido que Mato Grosso prefere, primeiro, pagar pelas vacinas e ficarmos com elas. Se isso não for possível, que o ministro possa autorizar que as vacinas sejam alocadas no PNI (Plano Nacional de Imunização) em regime de compensação. Ou seja, recebemos as vacinas (em Mato Grosso), aplicamos na população e as futuras entregas do PNI seriam descontadas e mandadas para os demais estados para poder equilibrar essa conta em todo o país”, explicou Mauro.

Há cerca de 15 dias, Mendes e outros 11 governadores dos consórcios do Nordeste e da Amazônia Legal se reuniram com diretores da Anvisa para tratar da liberação de entrada das 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V adquiridas pelos Estados. Apenas Mato Grosso comprou 1,2 milhão de doses, o que deve ser suficiente para vacinar mais de 600 mil pessoas.

O Estado assinou contrato para aquisição das doses da Sputnik V, cuja previsão de chegada do primeiro lote era a partir do próximo dia 24, o que não deve se concretizar. O combinado com o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, era que o consórcio poderia negociar a compra e o governo federal definiria, posteriormente, se requisitaria as vacinas para distribuí-las em todo Brasil com o compromisso de ressarcir os Estados. Com a troca de Pazuello por Marcelo Queiroga houve uma indefinição.

Ainda assim, o governador informou, anteriormente, que a empresa que fabrica a vacina mantém o compromisso de honrar o contrato entregando as vacinas em quatro parcelas. A primeira seria no final do mês de abril. A segunda remessa chegaria em maio, a terceira, em junho, e a quarta, em julho.