Uso abusivo do medicinês pode fazer mal à saúde

Letra de médico é difícil de entender. O que pouca gente comenta é sobre o jeito de os doutores falarem com quem não é colega de profissão. O medicinês (ou mediquês), a comunicação cheia de jargões técnicos e científicos, muitas vezes torna a comunicação mais complicada de compreender do que a caligrafia do médico.


É muito importante que o profissional perceba a necessidade de usar a linguagem mais acessível possível ao se comunicar com o público, ao explicar a um paciente sobre diagnóstico, tratamento ou prevenção de doenças. Se for durante uma entrevista em um veículo de comunicação de grande alcance, como televisão e rádio, a linguagem também deve ser clara e sem termos técnicos.

Alguns exemplos de como é necessário simplificar a linguagem para facilitar a compreensão: se numa campanha de alerta sobre o câncer, uma pessoa ouvir de um médico que ‘a chance de adoecer é maior para quem é etilista ou tabagista’, certamente vão surgir dúvidas.

A minoria vai saber que etilista é quem consome bebida alcoólica ou que tabagista é quem fuma. É muito mais fácil dizer que ‘quem bebe e quem fuma tem mais chance de ter câncer’.

 


A importância da comunicação entre pacientes e profissionais da saúde.
Outros exemplos de como é possível traduzir o medicinês:

Astenia é o mesmo que fraqueza
Prostração significa abatimento
Cefaleia é sinônimo de dor de cabeça
Recidiva é o mesmo que reaparecimento da doença
Síncope significa desmaio
. E destacamos aqui a preocupação da OMS (Organização Mundial da Saúde) com questões relacionadas às formas de se comunicar.


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