Professores e funcionários técnico-administrativos de 14 campi do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) aderiram à greve a partir desta segunda-feira (8), suspendendo as atividades por tempo indeterminado. O movimento, liderado pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), tem como principal objetivo a busca por aumentos salariais para os professores e um aumento na verba orçamentária destinada aos institutos, cuja gestão é realizada pelo Governo Federal.
De acordo com Ivo da Silva, coordenador geral do Sinasefe, a mesa permanente de negociação entre o IFMT e o Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício convocando o órgão educacional governamental para uma reunião de negociação prevista para o dia 10 de abril.
O movimento grevista, que abrange profissionais da Educação Federal, compreende técnicos e professores das universidades e institutos federais, embora apenas uma minoria dos alunos tenha aderido à ação.
Embora 14 campi tenham aderido à greve nesta segunda-feira, o IFMT São Vicente da Serra, em Santo Antônio do Leverger, a 35 km de Cuiabá, já estava com as atividades suspensas desde a última quarta-feira (3). Além disso, os Institutos de Cuiabá - Octayde Jorge da Silva, Lucas do Rio Verde e Campo Novo do Parecis têm previsão de greve para os dias 9, 15 e 22 deste mês, respectivamente. O IFMT Juara, localizado a 693 km de Cuiabá, foi o único instituto a não aderir ao movimento no estado.
O cenário de paralisação não se limita apenas a Mato Grosso, pois cerca de 300 campi dos institutos federais em todo o Brasil também estão sem aulas, com o movimento grevista iniciado na maioria das unidades em 3 de abril.
Embora o Ministério da Gestão tenha anunciado um reajuste linear de 9% nos salários dos servidores e de 43,6% no auxílio-alimentação em 2023, este sendo o primeiro acordo firmado com as categorias nos últimos 8 anos, o diálogo entre sindicatos e o governo federal, iniciado em junho de 2023, ainda não atendeu às demandas da categoria, segundo o Sisasefe, sindicato representante. Esta greve afeta não apenas o IFMT, mas também outras instituições educacionais federais, como o Colégio Pedro II, o Instituto Nacional de Educação de Surdos, o Instituto Benjamin Constant e a Cefet-RJ, no Rio de Janeiro, bem como escolas e colégios federais vinculados ao Ministério da Defesa.
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