Mato Grosso já lidera o ranking nacional de queimadas. De acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), dos 26.886 focos de calor registrados em todo país neste ano, o Estado responde por 6.980 (30%) das ocorrências. Esse número corresponde a um aumento de 65% se comparado ao mesmo período de 2023, quando foram detectados 4.221 incêndios.
A preocupação aumenta uma vez que as previsões climáticas apontam para um grande período de estiagem neste ano. De acordo com o Climatempo, em maio passado, a chuva de ficou abaixo da média em grande parte do país, inclusive no território mato-grossense e, o bloqueio atmosférico desta primeira quinzena de junho só piorou a situação. E, o tempo seco e as altas temperaturas são condições que favorecem o alastramento de focos de calor.
Diante do cenário, o governo de Estado firmou um pacto interfederativo com o governo federal, Mato Grosso do Sul e estados da Amazônia Legal para o combate aos incêndios florestais no Pantanal e na Amazônia. O documento foi assinado no início deste mês, durante um evento no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, em Brasília (DF), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva.
“Com este pacto, reafirmamos o nosso trabalho colaborativo em prol do combate aos incêndios florestais na Amazônia e Pantanal, como estratégia de enfrentamento das mudanças climáticas. A nossa união, com certeza, nos dará um resultado diferente para este momento tão crítico”, afirmou na ocasião, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
Neste ano, os principais recursos destinados pelo Governo do Estado estão concentrados nas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, que terão investimento de R$ 30,9 milhões, para locação de quatro aviões e contratação de 150 brigadistas, entre outras ações.
Ainda conforme os dados do Inpe, em segundo lugar no ranking nacional, aparece Roraima (RR), com 4.623 focos, seguido do Tocantins com 2.458. Dentre os biomas, a Amazônia contabiliza o maior número, com 11.436 queimadas.
Contudo, o Pantanal tem o maior percentual de alta: 988%. Até o momento, já são 1.448 focos contra 133 verificados no ano passado. Os municípios de Tangará da Serra (92), Feliz Natal (81) e Poconé (80) estão entre as quatro primeiras colocações, só perdendo para Corumbá (MS), com 415 focos.
PROBIÇÃO – O período proibitivo de uso do fogo foi ampliado e contará com prazos diferentes para os biomas mato-grossenses. Na Amazônia e Cerrado, fica proibido o uso do fogo para limpeza e manejo de áreas entre 1° de julho e 30 de novembro. Já no Pantanal, a proibição se estende até 31 de dezembro.
FOTO: SECOM/MT










