A Justiça de Mato Grosso deu um prazo de 10 dias para que a Eletrobras, a empresa Copel e o Governo de Mato Grosso expliquem as falhas graves encontradas na barragem da Usina Hidrelétrica de Colíder. A decisão foi tomada pela juíza Érika Cristina Camilo Camin, da 2ª Vara de Colíder, em resposta a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
A ação do MPMT foi baseada em um relatório técnico que encontrou sérios problemas na barragem, como erosão interna, falhas em drenos e um sistema de alerta de emergência considerado precário.
O relatório também apontou para grandes prejuízos ambientais, como a morte de peixes e perdas para pescadores, o turismo e comunidades ribeirinhas e indígenas.
Em uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Colíder, o procurador de Justiça Gerson Barbosa esclareceu que o MPMT não pediu a desativação da usina, mas sim um plano de descomissionamento (desativação controlada), caso a situação se torne inviável no futuro.
A promotora de Justiça Graziella Salina Ferrari reforçou que a perícia técnica encontrou anomalias de segurança na barragem e que, desde 2022, a usina já apresentava um “nível de segurança de atenção”, que subiu para “alerta” em 2025.
O Ministério Público pediu à Justiça que as empresas responsáveis e o Estado depositem R$ 200 milhões como garantia para a reparação dos
A audiência, que reuniu políticos, empresários, pescadores e a sociedade civil, foi um passo importante para pressionar por soluções e garantir que os prejuízos sejam reparados.
CPI NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) conseguiu nesta sexta-feira (19) as assinaturas necessárias para instalar uma CPI na Assembleia Legislativa de Mato Grosso para investigar as falhas na usina hidrelétrica de Colíder.
A CPI, que deve ser oficializada na próxima semana, busca apurar os motivos dos problemas na barragem, que causaram o rebaixamento do nível do reservatório. A medida emergencial gerou prejuízos ambientais e econômicos estimados em R$ 100 milhões.
O deputado responsabilizou as empresas Eletrobras e Copel, responsáveis pela usina, pelos danos causados a pescadores, donos de pousadas e aos municípios. A CPI também vai exigir uma reparação imediata aos prejudicados.
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