FESTIVIDADES

Sebrae celebra Dia da Micro e Pequena Empresa

Nesta segunda-feira, 5 de Outubro, Dia da Micro e Pequena Empresa, os mais de 17 milhões de donos de pequenos negócios, sendo 7 milhões de micro e pequenas empresas e 10,9 milhões de microempreendedores individuais (MEI) merecem ser homenageados. Afinal, com criatividade, competência e bravura, eles enfrentam um ambiente hostil ao mundo dos negócios que se agravou com uma das mais severas crises de nossa economia.

Aguerridos, esses homens e mulheres adaptaram os modelos de negócio, ajustaram custos e, principalmente, mantiveram os empregos. Dados do ministério da Economia apontam que as empresas optantes do Simples Nacional geram mais da metade dos empregos formais (55%) e participam de 44% da massa salarial. As micro e pequenas empresas juntas representam 99% do universo empresarial brasileiro e são responsáveis por 30% do PIB.

Durante a pandemia, as MPE foram as que menos demitiram. Segundo pesquisa do Sebrae, feita na última semana de agosto, 12% delas haviam efeituado contrações nos últimos 30 dias. O índice de demissões também vem caindo, passando de 18% em abril para 8% em agosto.

Em Mato Grosso o universo dos pequenos negócios é composto por mais de 233 mil empresas, sendo 134 mil MEIs, 87 micro empresas e 12 mil empresas de pequeno porte. Quando considerados os segmentos, 105 mil são do setor de comércio, 89.700 mil de serviço, 38.800 de indústria e 51 mil do agronegócio, segundo dados da Receita Federal. Nos primeiros seis meses de 2020, foram abertas ao menos 65 mil novos empreendimentos, segundo dados da Junta Comercial (Jucemat).

Christianne de Moraes Casoni Cardoso é uma dessas pessoas que se tornou empresária recentemente. Em 2019, abriu formalmente sua empresa, a Grandioro, que deveria ser uma cafeteria com loja física. Veio a pandemia e ela teve que mudar totalmente o plano de negócio, migrando para o e-commerce com apoio de consultores do Sebrae.

Enfermeira formada, ela atuou na área de assistência hospitalar e na docência durante anos, mas, com o nascimento do filho, o sonho de montar seu próprio negócio foi se tornando cada vez mais forte. Apaixonada por cafés especiais, buscou conhecimento fazendo cursos em São Paulo e em Minas Gerais. A mudança, segundo ela, foi drástica e obrigou-a a sair da zona de conforto e enfrentar um mundo completamente novo. “Ainda estou na fase difícil, mas tenho certeza que valeu muito a pena mudar e buscar o meu propósito de vida, trabalhar naquilo que me traz brilho no olho”.

Ao avaliar o papel das micro e pequenas empresas na economia brasileira, o superintendente do Sebrae em Mato Grosso, José Guilherme Barbosa Ribeiro, evoca ao início da segunda estrofe do o hino da Independência do Brasil: “Brava gente brasileira...”. Ele ressalta que, mesmo com todas as adversidades somos um povo que confia em si mesmo e no futuro do Brasil. “Por isso, o Sebrae é parceiro não só nos momentos de glória, de sucesso, mas também nos difíceis como os que estamos vivendo agora em função dessa pandemia que abala o mundo”.

Para José Guilherme, a estabilidade e o equilíbrio social dependem dos micro e pequenos negócios, porque eles estão em todos os lugares, mesmo nos mais longínquos. Segundo o superintendente, isso aumenta a responsabilidade do poder público e das instituições que se propõem a apoiar esse segmento empresarial.

Empreendedorismo

Impulsionados pela crise gerada pela pandemia, os brasileiros buscam uma alternativa de renda na atividade empreendedora. O Brasil deve registrar em 2020 o maior nível de empreendedorismo de sua história. A pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) aponta que aproximadamente 25% da população adulta estarão envolvidos com a abertura de um novo negócio.

Somente no primeiro semestre desse ano, o número de MEI no Brasil cresceu 10,2% ante o mesmo período de 2019, chegando a 10,3 milhões de registros. Foram 829.988 novas formalizações, segundo dados de Portal do Empreendedor, do governo federal.