Iniciado no dia 28 de agosto passado, o incêndio florestal na Rodovia Transpantaneira, localizada no Pantanal, em Poconé (104 km ao Sul de Cuiabá), já destruiu mais de 7 mil hectares de vegetação. Somente entre 31 de agosto e 1º de setembro, quatro mil hectares foram consumidos pelas chamas, conforme análise do Instituto Centro de Vida (ICV) com base em dados do Global Fire Emission Database (GFED) da Nasa.
Ontem (2), o Governo do Estado informou que enviou mais oito maquinários à região para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MT). Para o ICV, o cenário preocupa mesmo diante da diminuição no número de focos registra no bioma neste ano no Estado em comparação a tragédia verificada em 2020.
Entre janeiro a agosto do ano passado, 940 mil hectares foram queimados no Pantanal mato-grossense enquanto 2021 contabiliza 88,7 mil ha. No mesmo período deste ano, a área total atingida pelo fogo em Mato Grosso é de 2,14 milhões hectares, o que representa uma diminuição de cerca de 22% em relação ao mesmo período de 2020, quando o Estado teve 2,7 milhões de ha queimados. Entre os ecossistemas, o mais atingido é a Amazônia (51%) com 1 milhão de hectares atingidos, seguida do Cerrado com 956,3 mil hectares (45%) e do Pantanal com 88,7 mil hectares (4%).
Segundo informações da assessoria de imprensa do ICV, entre as categorias fundiárias, 48% do total já queimado no período proibitivo ocorreu em imóveis rurais já inscritos no Cadastro Rural (CAR). “Portanto de possível identificação de proprietário e propriedade para as ações de responsabilização”, afirma Vinícius Silgueiro, coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV.
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