A Justiça Federal manteve a prisão preventiva dos principais envolvidos no esquema de arrendamento ilegal da áreas na Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé, em Ribeirão Cascalheira (600 km a Nordeste de Cuiabá).
A decisão atinge o coordenador da Funai em Ribeirão Cascalheira, Jussielson Gonçalves Silva, o policial militar Gerard Maxmiliano Rodrigues de Souza e o fazendeiro Enoque Bento de Souza.
Eles são alvos da Operação Res Capta, deflagrada pela Polícia Federal, na quinta-feira (17).
Além dos três, está envolvido no esquema o cacique xavante Damião Paridzané, que teve suas contas bloqueadas.
A operação da PF desarticulou um esquema de corrupção que envolvia fazendeiros, liderança indígena e servidores da Funai.
De acordo com as investigações, eles realizavam arrendamentos ilegais na Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé, para desenvolvimento de atividade pecuária.
A operação visa a combater, ainda, a degradação ambiental - queimadas e desmatamento - na terra indígena, causada pela criação de gado.
Segundo a PF apurou, além da propina paga aos servidores, os 15 arrendamentos gerariam repasses de até R$ 900 mil ao cacique xavante.
Ele também ganhou um veículo de luxo - uma Toyota SW4 -, que foi apreendido.
Exames periciais apontaram extenso dano ambiental provocado por queimadas para formação de pastagem, desmatamento e implantação de estruturas voltadas à atividade agropecuária.
Apenas em quatro dos quinze arrendamentos ilícitos, os peritos criminais federais estimaram o valor para reparação do dano ambiental em R$ 58.121.705,87.
Além deles, também foi expedida uma ordem judicial para o afastamento de Thaiana Ribeiro Viana das funções, na Funai de Barra do Garças (509 km a Leste de Cuiabá).
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