O deputado federal José Medeiros (PL) tentou reduzir a importância da troca de farpas entre o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O desentendimento teve início após críticas de Mendes ao filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que provocou uma reação dura do parlamentar paulista.
Em entrevista ao site Olhar Direto, Medeiros afirmou que o episódio foi alimentado por uma “narrativa criada pela esquerda”, citando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
“Tem uma música do Zezé de Camargo que diz: ‘mentes tão bem que parece verdade’. O Lula banca o mágico. Ele aprontou, Alexandre de Moraes aprontou, e conseguiu enganar boa parte da população de que o Eduardo é o culpado”, declarou o deputado.
Segundo ele, Mendes teria reproduzido esse discurso.
“O governador Mauro Mendes externou sua opinião com base nessa narrativa do Lula. O Eduardo respondeu na mesma linha. O Lula inventa a narrativa, divide o outro lado e deve estar rindo disso tudo”, afirmou.
Nos últimos dias, Mendes chegou a chamar Eduardo Bolsonaro de “louco”, ao que o parlamentar respondeu chamando o governador de “político de bosta”. Apesar do tom elevado, Medeiros garantiu que não há risco de rompimento entre os grupos de direita.
“Isso é que nem caminhão de porco: passa dois, três quebra-molas e se ajeita. Faz parte dessas coisas de pré-campanha, e as coisas vão se ajustando”, minimizou.
Questionado sobre possíveis impactos do atrito nas articulações internas do PL, Medeiros afastou qualquer possibilidade de crise.
“É um embate pontual. Estou preocupado com algo bem maior, que é conseguir votos para a anistia restrita. Quem quer pegar a galinha não pode dizer ‘xô’. Então não vou caçar confusão com o União Brasil, até porque o embate está resolvido: um falou, o outro respondeu, e não me cabe no meio”, disse.
Sobre o eventual reflexo do episódio na relação entre Jair Bolsonaro e Mauro Mendes, especialmente em uma possível disputa ao Senado em 2026, Medeiros preferiu não se posicionar.
“Não tenho que achar nada. Isso será decidido pelo presidente Bolsonaro e pela cúpula do partido. Eu fico de fora desse embate”, concluiu.
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