DATAFOLHA

Apenas 8% acham que Bolsonaro deveria apoiar Flávio em 2026

O senador Flávio Bolsonaro (PL) fica atrás da mulher do ex-presidente, Michelle Bolsonaro (PL), e do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na preferência de eleitores sobre quem deveria ser apoiado por Jair Bolsonaro (PL), mostra pesquisa Datafolha.


A escolha de Flávio pelo pai foi revelada pelo Metrópoles, na coluna de Paulo Cappelli, na sexta-feira (5/11).

Apenas 8% dos entrevistados consideram que Bolsonaro deveria apoiar seu primogênito. Por outro lado, 22% prefeririam a ex-primeira-dama. Outros 20%, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Flávio também fica numericamente atrás do irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).

 

A pesquisa foi feita de 2 a 4 de dezembro, antes de Flávio ser escolhido como candidato, e ouviu 2.002 pessoas. A margem de erro é de dois pontos.

Veja todos os citados
Michelle Bolsonaro (PL) – 22%
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 20%
Ratinho Jr. (PSD) – 12%
Eduardo Bolsonaro (PL) – 9%
Flávio Bolsonaro (PL) – 8%
Ronaldo Caiado (União Brasil) – 6%
Romeu Zema (Novo) – 4%
Lula (PT) – 1%
Nenhum – 10%
Não sabem – 8%
Flávio também não está entre os preferido entre os bolsonaristas fiéis, um grupo estimado em 20% pelo instituto. Nesse recorte, Michelle aparece com 35% das preferências. Atrás, vem Tarcísio de Freitas, com 30%, empatado dentro da margem de erro. Então, o próximo da lista é Eduardo, com 14%, e só então aparece Flávio, com 9%.


O apoio de Bolsonaro, porém, é rejeitado por boa parte do eleitorado. Para 50%, um nome indicado pelo ex-presidente jamais receberia seu voto. Outros 26%, no entanto, com certeza votariam em um indicado dele e 21% talvez votassem. Outros 3% não souberam responder.

Flávio também não encanta o centrão
A escolha do ex-presidente não agrada os caciques do Centrão, que preferiam se unir em torno de uma candidatura de Tarcísio de Freitas contra Lula. O governador paulista é considerado mais competitivo por quem aponta a forte rejeição ao sobrenome Bolsonaro como um problema.

Por isso, a pré-candidatura do filho mais velho do ex-presidente não foi celebrada por outros chefes de partido para além de Valdemar Costa Neto, chefe do próprio PL. Nos bastidores do Centrão, a ordem é aguardar para ver a recepção popular a essa notícia e a capacidade do senador de se manter viável ao longo de uma corrida que desgasta muito quem entra no início.


Alinhado com o Centrão na preferência por Tarcísio, o mercado financeiro também não recebeu com alegria a decisão de Jair Bolsonaro. Logo após a notícia, na tarde de sexta, a Bolsa desabou e o dólar disparou.

 

 

 

 

 

Foto Tércio Teixeira/Metrópoles — @tercioteixeira1